Dieta da coruja-buraqueira em ambientes abertos do sul do Brasil 1 Universidade

Autores

  • Vanessa de Oliveira Pinto Unochapecó
  • Ronei Baldissera UFRGS
  • Eliara Solange Müller Unochapecó

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2018.131.06

Resumo

A dieta da coruja-buraqueira Athene cunicularia é composta de vertebrados e invertebrados, cujas frequências relativas podem mudar no tempo e/ou espaço. Analisamos variações ambientais e temporais no peso e na composição de presas nas pelotas dessas aves. Coletamos 396 pelotas de nove casais durante seis meses em três áreas abertas no sul do Brasil: próximas de floresta, afastadas de floresta e urbanas. O peso médio das pelotas foi de 1,03 g. Agosto apresentou pelotas 15% mais pesadas, enquanto março teve pelotas 22% menos pesadas, comparadas com a média, ambos se diferenciando dos outros meses. Com relação à composição de presas, vertebrados ocorreram com mais frequência em junho, julho e agosto, enquanto invertebrados nos meses mais quentes em áreas abertas afastadas da floresta. Ao menor nível taxonômico, identificamos mamíferos, serpentes, anfíbios, aves, besouros, formigas, aranhas, gafanhotos, tatuzinhos-de-jardim, moluscos e baratas nas pelotas. A dieta no inverno apresentou maior frequência de mamíferos em áreas abertas afastadas de floresta, enquanto aquela do verão apresentou mais himenópteros em áreas abertas perto de floresta e em áreas urbanas. Os resultados mostram que A. cunicularia preda em um amplo espectro de presas, mas encontramos algumas preferências para presas específicas, dependendo da estação e do tipo de área aberta.

Palavras-chave: Mata Atlântica, pelotas, efeito espacial, efeito temporal.

Biografia do Autor

Vanessa de Oliveira Pinto, Unochapecó

Biological Sciences Undergraduate Course

Ronei Baldissera, UFRGS

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ecologia

Eliara Solange Müller, Unochapecó

Biological Sciences Undergraduate Course

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Publicado

2018-04-12

Edição

Seção

Artigos