Teoria neutra de biodiversidade: controvérsias e uma transvaloração da conservação de espécies

Autores

  • Mario Arthur Favretto Departamento de Vigilância Sanitária, Prefeitura Municipal de Campos Novos, Av. Caetano Belincanta Neto, Campos Novos, SC, Brasil, 89620-000

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2017.123.09

Resumo

A explicação de como ocorre a estruturação de comunidades biológicas e a busca por um entendimento desses padrões tem chamado a atenção de pesquisadores ao longo de diversos anos. Entre duas teorias vigentes, e que por vezes parecem contraditórias, estão a teoria de nicho ecológico e a teoria neutra de biodiversidade e biogeografia de Hubbell. A teoria de nicho utiliza-se do conceito de que um ambiente é formado por diferentes nichos, que requerem diferentes exigências para que as espécies possam ocorrer em uma dada comunidade. Já a teoria neutra é baseada na estocasticidade durante a formação de uma comunidade biológica, de maneira que estas se formariam de acordo com a ocorrência de imigração, especiação ou extinção estocástica ao longo do tempo. No entanto, longe de serem contraditórias, há situações em que ambas as teorias são complementares, contribuindo para um melhor entendimento das comunidades biológicas. Ainda assim, há situações em que, caso ocorra um maior respaldo por parte da teoria neutra, esta pode exigir uma transvaloração de justificativas para a conservação de espécies, para que não se adentre em um abismo niilista de conservação ambiental, devido aos efeitos da estocasticidade na formação de comunidades biológicas.

Palavras-chave: estocasticidade, evolução, meio ambiente.

Biografia do Autor

Mario Arthur Favretto, Departamento de Vigilância Sanitária, Prefeitura Municipal de Campos Novos, Av. Caetano Belincanta Neto, Campos Novos, SC, Brasil, 89620-000

Biólogo (UNOESC), Especialista em Gestão Ambiental (UCDB), Mestre em Ecologia e Conservação (UFPR).

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Publicado

2017-06-07

Edição

Seção

Artigo de Revisão