Aranhas de solo (Arachnida, Araneae) em diferentes formações vegetacionais em uma planície de inundação Neotropical

Autores

  • Kellie Cristhina dos Anjos Universidade Federal de Mato Grosso
  • Leandro Dênis Battirola Universidade Federal de Mato Grosso
  • Antonio Domingos Brescovit Instituto Butantan
  • Daniel Augusto Batistella Universidade Federal de Mato Grosso Campus Universitário de Sinop
  • Marinêz Isaac Marques Universidade Federal de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2017.123.02

Resumo

Aranhas são predadoras generalistas e apresentam elevada variedade de espécies em ecossistemas tropicais, incluindo áreas úmidas, como o Pantanal brasileiro. Avaliou-se a composição, abundância e riqueza da assembleia de aranhas de solo em um mosaico vegetacional no Pantanal brasileiro. Para a avaliação, foram demarcados 30 transectos, espaçados 1 km, em uma área de 5 x 5 km2, segundo a metodologia RAPELD. Cada ponto amostral consistiu em um transecto com cinco armadilhas pitfall instaladas durante oito dias. Um total de 724 aranhas, distribuídas em 28 famílias e 50 espécies, foram coletadas. Lycosidae, Gnaphosidae e Salticidae foram mais abundantes, enquanto Salticidae, Linyphiidae e Lycosidae, as de maior riqueza. Não foram observadas diferenças na composição, abundância e riqueza de aranhas de solo entre as unidades vegetacionais amostradas. Entretanto, a dominância de Lycosidae e Gnaphosidae evidenciou uma estreita associação dessas aranhas com formações vegetacionais ricas em gramíneas, como os campos de murundus e as pastagens. As aranhas caçadoras predominaram sobre as tecelãs em todas as fitofisionomias. Os resultados evidenciam que as diferentes fitofisionomias do Pantanal são igualmente favoráveis à manutenção da riqueza de espécies de aranhas nessa importante área úmida brasileira.

Palavras-chave: áreas úmidas, biodiversidade, fauna edáfica, guildas comportamentais.

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Publicado

2017-08-09