Crescimento de mudas de espécies nativas na restauração ecológica de matas ripárias
DOI:
https://doi.org/10.4013/nbc.2016.112.03Resumo
Este trabalho avaliou o processo de restauração ecológica por meio do monitoramento da altura das mudas de espécies nativas do Cerrado e dos fatores que afetam o seu crescimento, em área de mata ripária em processo de restauração. Calculou-se o padrão de crescimento das espécies com a média das alturas, gerando modelos de regressão linear, testados com ANOVA e comparados pelo teste de verossimilhança. Analisou-se a média das frequências da herbivoria foliar e caulinar e da ausência de folhas (predação, desidratação ou desnutrição), por meio da análise de agrupamento (método Ward), como possíveis fatores que influenciam no crescimento. O crescimento médio das 13 espécies foi de 50,39 cm.ano-1, variando de 15,5 cm.ano-1 a 100,1 cm.ano-1. Das treze espécies, oito apresentaram crescimento acima de 40 cm.ano-1, com potencial para recuperação de áreas degradadas. Cinco espécies apresentaram diferenças significativas para as equações lineares de crescimento em altura: Calophyllum brasiliense, Croton urucurana, Inga laurina, Myrsine guianensis e Tibouchina stenocarpa. As possíveis interações do crescimento com os fatores (herbivoria caulinar, herbivoria foliar e ausência de folhas) resultaram na formação de dois grupos de espécies. Dentre os fatores avaliados, no geral, as espécies de ambos os grupos apresentaram maior herbivoria foliar. A herbivoria foliar e a ausência de folhas afetaram diferentemente os dois grupos, o que pode indicar suscetibilidade distinta entre espécies à herbivoria. A avaliação dos fatores que interferem no crescimento de mudas pós-plantio pode auxiliar no manejo adaptativo de áreas em processo de restauração.
Palavras-chave: herbivoria foliar e caulinar, altura, recuperação de áreas degradadas, mata galeria.
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