Dinâmica de habitats na região subtropical da América do Sul: determinantes socioeconômicos e padrões de paisagem em um ecótono floresta-campo
DOI:
https://doi.org/10.4013/nbc.2016.111.01Resumo
Investigamos a estrutura da paisagem e padrões espaciais de campos nativos e de florestas Atlânticas no sul do Brasil em 1984, 1994 e 2005. A região estudada é um enclavede campo cercado por florestas. Perguntamos: (a) houve intensificação da perda de habitat, fragmentação e isolamento da floresta Atlântica ou do campo? (b) Qual foi o grau de conectividade/ isolamento dos fragmentos? (c) Houve algum padrão de perda de campo relacionada à umidade/microtopografia? (d) O padrão de atividades agroeconômicas influencia a estrutura da paisagem e mudanças no uso do solo? Analisamos imagens Landsat de sensoriamento remoto para caracterizar o uso e cobertura do solo, considerando também a subdivisão da paisagem em oito regiões agroeconômicas. Os resultados mostraram que a área ocupada pela agricultura sofreu forte expansão, juntamente com plantações de árvores exóticas, em detrimento do campo, que sofreu perda e fragmentação acentuada. A destruição do campo foi mais acentuada em áreas úmidas situadas em vales entre ondulações do terreno. As florestas sofreram expansão como uma rede de pequenas manchas em estreito contato com outros usos do solo. A cobertura do solo diferiu significativamente entre as regiões agroeconômicas, sugerindo que medidas de conservação precisam contemplar ambos os ecossistemas, assim como distinções socioeconômicas.
Palavras-chave: floresta com araucárias, fragmentação, Pampa.
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