Captura incidental de um leão-marinho-sul-americano na pesca de arrasto de parelha no sul do Brasil

Autores

  • Rodrigo Machado Programa de Pós-Graduação em Biologia - Diversidade e Manejo de Vida Silvestre. Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Av. Unisinos, 950, São Leopoldo, 93022-000, Rio Grande do Sul, Brasil.
  • Larissa Rosa Oliveira 1 Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS), Imbé, Rio Grande do Sul, Brazil. 2 Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Laboratório de Ecologia de Mamíferos (LEM), São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brazil.
  • Santiago Montealegre-Quijano 3 Universidade Estadual Paulista – UNESP, Curso de Engenharia de Pesca, Registro, São Paulo, Brazil.

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2015.101.06

Resumo

A população do leão-marinho-sul-americano, Otaria flavescens (Shaw, 1800), está diminuindo a uma taxa anual de 1,6 a 2,0% no Uruguai. Embora as razões ainda sejam desconhecidas, as interações da espécie com as atividades de pesca vêm sendo indicadas como uma das principais causas deste declínio. Os indivíduos que são encontrados na costa do Brasil são oriundos das colônias reprodutivas do Uruguai. Relatamos aqui o primeiro registro de captura incidental de um leão-marinho-sul-americano em águas brasileiras em um arrasto de parelha, e discutimos o risco potencial desta interação para com a população de origem. Em 17 de julho de 2008, um macho jovem de leão-marinho-sul- -americano foi capturado acidentalmente durante uma viagem de pesca de arrasto de parelha comercial ao longo da costa do sul do Brasil (32º57’S, 52º31’W), em um intervalo de profundidade de 15 a 20 m. Apesar de ser pontual, este registro é uma evidência de grande ameaça potencial para os leões-marinhos-sul-americanos no sul do Brasil e Uruguai, uma vez que a pesca industrial de arrasto é uma importante atividade econômica na região sul do Brasil.

Palavras-chave: Pinípedes, Otaria flavescens, impacto antrópico, conflito entre humanos e carnívoros, interação com a pesca.

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Publicado

2014-10-29

Edição

v. 10 n. 1 (2015): Janeiro/Abril

Seção

Nota Científica

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