O papel de praias estuarinas como habitats para peixes em um ambiente subtropical brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.4013/nbc.2013.83.02Resumo
Existem poucas informações sobre a dinâmica do uso de praias estuarinas por peixes. Este trabalho descreveu as mudanças temporais e espaciais na assembléia de peixes de praias estuarinas na baía da Babitonga, Santa Catarina, Brasil. De agosto de 2005 a agosto de 2006, foram realizadas treze coletas em sete praias estuarinas do setor polihalino da baía da Babitonga. Na margem de cada ponto amostral, foram realizados três arrastos paralelos à linha de costa com redes tipo picaré. Nas 273 amostras obtidas foram capturados 45.874 indivíduos (76 táxons), predominantemente juvenis (>99%). Maior número de espécies foi observado em Paralichthyidae e Sciaenidae, seguidas por Carangidae, Gobiidae, Gerreidae, Engraulidae, Mugilidae e Tetraodontidae. Os seguintes táxons foram os mais abundantes na área: Lycengraulis grossidens, Mugil sp., Atherinella brasiliensis, Eucinostomus sp., Harengula clupeola, Sphoeroides greeleyi, Eucinostomus argenteus e Sphoeroides testudineus, os quais constituíram 93,34% da captura total. Diferenças significativas mensais ocorreram entre o número médio de indivíduos, número de espécies, diversidade e equitabilidade. Considerando que a conservação das praias estudadas está sob constante ameaça, os dados coletados nesse trabalho mostram a necessidade de elaboração de planos de conservação e manejo dessas importantes áreas de criação para peixes.
Palavras-chave: peixes juvenis, águas rasas, diversidade, criadouro, baía da Babitonga.
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