Composição, distribuição e substratos da fauna de esponjas (Porifera: Demospongiae) no Parque Nacional de Anavilhanas

Autores

  • Cecília Volkmer Ribeiro Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN-FZB)
  • Valdir Florêncio da Veiga Júnior Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas.
  • Demétrio Luiz Guadagnin PPG em Biodiversidade Animal, Depto. Engenharia Sanitária e Ambiental, Universidade Federal de Santa Maria.
  • Iuri de Barros Menezes Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas.
  • Camila Castelo Branco Herzog Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN-FZB).

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2012.73.05

Resumo

Sendo animais sésseis, as esponjas de água doce dependem de um substrato sobre o qual suas larvas ou suas gêmulas se fixarão. Espera-se que espécies diferentes mostrem preferências ou adaptações a substratos e habitats específicos. Estudos para avaliar o papel dos substratos na distribuição de comunidades dessas esponjas são raros. Aqui avaliamos o efeito de diferentes substratos e habitats na distribuição de comunidades dessas esponjas, nos igapós de Anavilhanas, o maior arquipélago de águas doces do mundo. Dois levantamentos destinados a detectar a fauna espongológica e os correspondentes substratos foram feitos no Parque Nacional de Anavilhanas, no período de águas baixas, quando as superfícies estacionalmente inundadas estão expostas. Dois transectos foram percorridos de barco, ao longo das margens do rio Negro e seus canais entre as ilhas ou dentro das porções de florestas ainda inundadas. Porções mais elevadas no interior das ilhas, nessas ocasiões, livres da inundação, foram percorridas a pé. As crostas das esponjas foram inicialmente buscadas a olho nu e, em seguida, amostradas, registrando-se seu posicionamento geográfico (GPS), substrato e ambiente. A associação entre nove espécies de esponjas, sete diferentes ambientes e sete distintos tipos de substratos identificados foi utilizada em Análise de Redundância (RDA). Os dois primeiros eixos da RDA responderam por 45.9% da variação nos dados das especies. O RDA geral foi significativo (P = 0.005; Número de permutas = 199). Substratos, especialmente troncos, galhos, folhas e areia foram mais importantes do que os ambientes para explicar a variabilidade na distribuição das espécies.

Palavras-chave: esponjas continentais, substratos, habitats sombreados, pulsos de inundação, Amazônia Brasileira.

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Publicado

2012-09-20

Edição

Seção

Artigos