Padrões de atividade diária do rato-da-taquara (Kannabateomys amblyonyx) no sul do Brasil

Autores

  • Paulo Tomasi Sarti Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Roger Borges Silva Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Emerson Monteiro Vieira Laboratório de Ecologia de Vertebrados. Dept. de Ecologia, IB, Universidade de Brasília, Brasília, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2012.72.04

Resumo

Di versos fatores, tanto bióticos quanto abióticos, influenciam a regulação dos ciclos diários e padrões de história de vida dos mamíferos. Neste estudo, investigamos aspectos comportamentais e padrões de atividade diurna e noturna do rato-da-taquara Kannabateomys amblyonyx (Rodentia, Echimyidae), espécie en dêmica da Mata Atlântica. O estudo foi realizado no sul da distribuição da espécie, em manchas de taquaras introduzidas (Bambusa tuldoides) inseridas em florestas nativas. Para a avaliação do comportamento e horário de atividade dos indivíduos, realizamos “scans”(duração média de 24 min, amplitude de 2 a 30 min) durante períodos noturnos e diurnos. Consideramos as seguintes categorias de atividade: alimentação, deslocamento, auto-higiene e repouso. Não encontramos diferença significativa entre o dia e a noite em relação ao orçamento das atividades (MANOVA por aleatorização, SQ = 0,07; g.l. = 45; P = 0,59). O rato-da-taquara parece ter períodos ativos durante as 24 horas do dia, com picos de atividade no início da noite, entre 19h e 21h. A baixa quantidade calórica do alimento (brotos, galhos e folhas de bambu) provavelmente exige que o roedor se alimente diversas vezes por dia para suprir suas necessidades metabólicas. Além disso, o horário variado de ação de predadores, entre outras características próprias ao ambiente estudado, representam fatores potencialmente relevantes para o orçamento de suas atividades.

Palavras-chave: comportamento, período de atividade, ciclo circadiano, Kannabateomys amblyonyx.

Biografia do Autor

Emerson Monteiro Vieira, Laboratório de Ecologia de Vertebrados. Dept. de Ecologia, IB, Universidade de Brasília, Brasília, Brasil

Departamento de Ecologia, Inst. de Biologia

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Publicado

2012-04-24

Edição

Seção

Artigos