Maturidade física da coluna vertebral de Tursiops truncatus (Cetacea) do sul do Brasil

Autores

  • Ana Paula Borges Costa Universidade Federal de Santa Catarina
  • Paulo César Simões-Lopes Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2012.71.01

Resumo

A idade, o sexo e o comprimento total são variáveis importantes para a análise da ontogenia, dimorfismo sexual e variação geográfica dos cetáceos. A maturidade física dos cetáceos pode ser determinada através da fusão de epífises vertebrais. Quando todas as epífises estiverem fusionadas ao corpo da vértebra, o crescimento corporal cessará e o animal será considerado fisicamente maduro. Tendo Tursiops truncatus como foco de estudo, objetivou-se determinar a maturidade física da coluna vertebral comparando-a com as idades obtidas pelas leituras de G.L.G. (em português, Grupo de Linhas de Crescimento, de acordo com Schultz (1996)). Foram analisados 24 exemplares de acordo com o grau de fusão das epífises. Três padrões de amadurecimento vertebral foram diagnosticados: Padrão 1 - coluna vertebral sem fusão de epífises ou estas iniciando apenas nas cervicais (de zero a dois anos); Padrão 2 - coluna com os quatro graus de fusões de epífises (de dois a onze/doze anos); e Padrão  - coluna completamente fusionada (mais de onze/doze anos). Para T. truncatus do litoral de Santa Catarina, sul do Brasil, a fusão das epífises vertebrais inicia-se rapidamente a região cervical, seguida da região caudal, sendo as vértebras torácicas e lombares as últimas a fusionarem. O dimorfismo sexual pode estar presente durante o processo de amadurecimento desses animais, os quais se tornam fisicamente maduros entre os onze e quinze anos. 

Palavras-chave: boto-da-tainha, crescimento, epífises vertebrais, idade.

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Publicado

2012-04-30

Edição

Seção

Artigos