Comparação entre as comunidades de aves de duas fitofisionomias florestais contíguas no Parque Estadual Carlos Botelho, SP

Autores

  • Alexsander Zamorano Antunes Instituto Florestal
  • Marilda Rapp de Eston Instituto Florestal
  • Bruna Gonçalves da Silva Universidade Federal de São Carlos
  • Ana Maria Rodrigues dos Santos Escola Estadual Professora Rita Bicudo Pereira

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2011.63.08

Resumo

A riqueza e a composição de espécies de aves variam ao longo de gradientes altitudinais em resposta a diferenças em fatores abióticos, como a temperatura, e bióticos, como a estrutura da vegetação. Neste trabalho, foram avaliadas comparativamente duas comunidades de aves florestais do Parque Estadual Carlos Botelho, sudeste do estado de São Paulo. Foram selecionadas para amostragem áreas em que a floresta se encontrava nos estádios médio e avançado de sucessão ecológica, situadas entre 700 m e 800 m na região Montana e 70 m e 200 m na Submontana. As trilhas disponíveis foram percorridas anotando-se todas as espécies observadas ou escutadas e o esforço amostral foi o mesmo em cada área, 360 horas. Foram registradas 177 espécies para a floresta Montana e 176 para a Submontana. As comunidades não diferiram significativamente em nenhum dos parâmetros qualitativos avaliados – riqueza, total de espécies com distribuição restrita ou ameaçadas de extinção e número de espécies por guilda. Entretanto, diferiram acentuadamente na composição de espécies. Os resultados enfatizam a importância da padronização do esforço amostral e dos tipos de hábitats a serem avaliados em estudos sobre gradientes altitudinais, além de ressaltarem a relevância das duas fitofisionomias para a preservação das aves da Mata Atlântica.

Palavras-chave: gradiente altitudinal, guildas alimentares, Mata Atlântica.

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Publicado

2012-01-23

Edição

Seção

Artigos