Lixo registrado em áreas livres de gelo em uma Área Antártica Especialmente Gerenciada (AAEG): Baía do Almirantado, ilha Rei George, Península Antártica

Autores

  • Martin Sander
  • Erli Schneider Costa
  • Tatiana C. Balbão
  • Ana Paula B. Carneiro
  • César R. dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.4013/5113

Resumo

O Protocolo sobre Proteção Ambiental do Tratado Antártico, ou Protocolo de Madri, foi criado com o objetivo de prevenir a contaminação do meio ambiente antártico e garantir a preservação dos seus recursos naturais. Desde o passado e ainda no presente, a Antártica é considerada uma área especial para a conservação devido às suas características ambientais únicas. A Baía do Almirantado, localizada na ilha Rei George (Shetland do Sul), é uma Área Antártica Especialmente Gerenciada (AAEG) e, até o presente, tem cinco estações científicas internacionais localizadas na região. Desde o início da ocupação humana em 1819, com a chegada dos primeiros caçadores de baleias, muitas alterações ambientais vêm sendo registradas. Este artigo faz o primeiro registro do lixo encontrado nesta área, baseado em estudos desenvolvidos durante os verões de 2002/2003, 2003/2004 e 2004/2005. No total, 186 itens foram registrados como lixo encontrado na área. A maioria do lixo encontrado foi composta por madeira (49%), seguida por materiais sintéticos: metal (18%), plástico (16%), material variado (16%) e cimento (1%). Foi constatado que a maior parte do lixo registrado em nosso estudo na Baía do Almirantado resulta de atividades científicas, sendo composto de restos de construções para suporte à pesquisa e também oriundos de experimentos científicos abandonados, nos quais a estrutura não foi removida após o fim do experimento.

Palavras-chave: ilhas Shetland do Sul, Baía do Almirantado, lixo, poluição, impacto ambiental.

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Publicado

2021-06-15

Edição

Seção

Artigos