Araneofauna de serrapilheira em um fragmento de Mata Atlântica do nordeste brasileiro: estudo comparativo entre dois métodos de coleta
DOI:
https://doi.org/10.4013/4752Resumo
As aranhas são utilizadas como bioindicadoras, pois respondem às alterações do hábitat, distribuem-se em diversos microhábitats e constituem um grupo hiperdiverso, com 41.719 espécies. Entretanto, ainda é necessário avaliar a eficiência dos métodos utilizados para amostrar esses organismos. Para isso, este trabalho verifica se o extrator de Winkler e o pitfall trap diferem significativamente em relação à captura de aranhas de serrapilheira em um fragmento urbano de Mata Atlântica, com 72 ha, no nordeste brasileiro. Foram coletadas 399 aranhas distribuídas em 16 famílias e 29 espécies. O extrator de Winkler coletou 133 indivíduos, distribuídos em 12 famílias e 15 espécies e o pitfall trap coletou 266, 14 famílias e 21 espécies. O pitfall trap capturou mais espécies que o Winkler (t = 2.169, p = 0.0455). A composição de família e espécie diferiram significativamente entre os dois métodos. Assim: MRPP: T = -8.6923017, A = 0.17602339; p = 0.000008 e MRPP: T = -3.8960485; A = 0.04390594 p = 0.0007, respectivamente. Sugere-se que, em fragmentos urbanos de floresta atlântica, o pitfall trap e extrator de Winkler sejam métodos complementares para capturar aranhas de serrapilheira, e, portanto, recomenda-se a aplicação conjunta de ambos os métodos. Ressalva-se que, em avaliações de riqueza, é possível eleger o pitfall trap.
Palavras-chave: aranhas, extrato de Winkler, pitfall trap, Parque Joventino Silva.Downloads
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