Diversidade e composição de aranhas arbustivas em um fragmento de Mata Atlântica e duas áreas adjacentes
DOI:
https://doi.org/10.4013/4750Resumo
O presente estudo investigou preliminarmente a diversidade e composição de aranhas arbustivas em uma área de início de sucessão (arbustiva), uma área em estágio intermediário de sucessão (floresta secundária) e um fragmento de Mata Atlântica em Torres, Rio Grande do Sul. Aranhas e outros artrópodes (presas potenciais de aranhas) foram coletados com guarda-chuva entomológico, entre 50 e 200 cm de altura, em 10 parcelas em cada área no ano de 2008. A riqueza de espécies foi acessada através de rarefações baseadas no número de indivíduos, a composição de espécies foi analisada através de uma MANOVA por teste de aleatorização e a correlação entre a composição de espécies de aranhas e as ordens de presas potenciais foi analisada através de um teste de Mantel. A abundância de aranhas não variou entre as áreas. A riqueza estimada foi maior no fragmento de Mata Atlântica, enquanto a composição de aranhas foi diferente nas três áreas. Não houve correlação entre a composição das assembléias de aranhas e a composição de presas potenciais. A maior riqueza de aranhas arbustivas no fragmento de Mata Atlântica provavelmente se deve à presença de uma comunidade vegetal mais diversa. As diferenças nas composições indicam que parte das espécies desse fragmento podem não ser capazes de utilizar ambientes da matriz, pois houve pouca sobreposição de espécies entre as áreas com maior similaridade vegetal (madura e intermediária). Os resultados indicam que as espécies desse fragmento de Mata Atlântica são seletivas no uso do hábitat, mostrando a importância da proteção desse e de outros fragmentos para a conservação das assembléias de aranhas arbustivas. Adicionalmente, áreas em estágio intermediário de sucessão, contíguas a esse e outros fragmentos, podem ser importantes para algumas espécies da floresta e também necessitam de atenção para sua conservação.
Palavras-chave: fragmentação, espécies matriz-tolerantes, sucessão florestal, estrutura de floresta.Downloads
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