Distribuição de aranhas de teia de sub-bosque ao longo de uma área de contato entre floresta de Araucaria e plantação de Pinus no sul do Brasil
Resumo
A floresta de Araucaria tem sido intensivamente impactada, o que possibilitou a criação de mosaicos da paisagem com manchas da floresta original e outros usos da terra. A Floresta Nacional de São Francisco de Paula, RS, abriga um mosaico composto da floresta de Araucaria e plantações de Araucaria, Pinus e Eucalyptus. Este estudo visou avaliar a riqueza e abundância das assembléias de aranhas de teia de sub-bosque ao longo de uma área de contato entre uma mancha de Araucaria e outra de Pinus. Aranhas e outros artrópodes foram coletados com guarda-chuva entomológico em cinco parcelas ao longo de cinco transectos paralelos à borda das manchas: uma na borda, duas outras a 10 m e a 30 m em cada mancha. Diferenças na riqueza e na abundância ao longo das distâncias foram analisadas por um teste de aleatorização. Foram realizadas regressões lineares para avaliar a influência da abundância de presas potenciais sobre a abundância e riqueza de aranhas de teia. Um total de 161 aranhas foi coletado (35 morfoespécies e 7 famílias). Quatro morfoespécies representaram em torno de 42% da abundância. A família mais rica foi Theridiidae (17 espécies), seguida de Araneidae (11). A riqueza e a abundância de aranhas não variaram entre as distâncias, mostrando que há conectividade entre as vegetações dos sub-bosques. A abundância de presas potenciais influenciou positivamente a abundância e a riqueza de aranhas de teia. Presume-se que o manejo executado na reserva, com corte seletivo e longo tempo de rotação, possibilite o crescimento do sub-bosque de Pinus, proporcionando recursos adequados para a manutenção da diversidade de aranhas.
Palavras-chave: efeito de borda, ecótono, Mata Atlântica, manejo de florestas.Downloads
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