Esponjas continentais do Bioma Pampa, Brasil, com descrição de nova espécie de Oncosclera

Autores

  • Maria da Conceição Tavares-Frigo Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN-FZB)
  • Cecília Volkmer-Ribeiro
  • Ana Elenice Zanini de Oliveira
  • Vanessa de Souza Machado

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2015.103.01

Resumo

A Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã abrange todo o curso superior desse corpo d’água, resguardando, ao mesmo tempo, uma porção representativa do Bioma Pampa no Brasil. A região detinha escassos estudos voltados para as esponjas continentais, indicando a necessidade de levantamento extensivo. Esse foi realizado durante três expedições em 2011, quatro em 2012 e uma em 2013, em quatro estações de amostragem no leito do rio Ibirapuitã e uma no arroio Sarandizinho. As amostras foram coletadas manualmente, vadeando-se o leito rochoso de trechos dos mananciais. Em dois períodos sazonais distintos de 2012, foram colhidas amostras de água para avaliação dos parâmetros físicos e químicos. O estudo revelou a ocorrência de nova espécie do gênero Oncosclera Volkmer- -Ribeiro, O. rosariae n. sp., além de O. navicella, O. schubarti, da família Potamolepidae, e Heteromeyenia insignis, Corvoheteromeyenia australis e Corvospongilla seckti, da família Spongillidae. As assembleias amostradas caracterizam ambientes lóticos rasos, de fundos pedregosos, com significativos aumentos de volume e redução de temperatura das águas no inverno. Os resultados evidenciam a existência de cinco assembleias de esponjas de ambientes lóticos únicas para todo o Bioma Pampa. Uma chave para as espécies de esponjas ocorrentes na Área de Proteção Ambiental do rio Ibirapuitã é apresentada.

Palavras-chave: esponjas de água doce, ambiente lótico, conservação.

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Publicado

2015-08-18