Aspectos da gestão da menoridade em Florianópolis e São Paulo (1930-1940)

Autores

  • Fernando Salla Pesquisador associado do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e docente do Mestrado Profissional Adolescente em Conflito com a Lei da Universidade Anhanguera de São Paulo (Unian).
  • Viviane Borges Docente do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

Resumo

A proposta do artigo é problematizar a presença de práticas de produção ou aplicação de saber criminológico, no interior de instituições de confinamento de menores, em Florianópolis e em São Paulo, nas décadas de 1930 e 1940. As fontes relevantes para a reflexão consistem nos prontuários de menores que eram enviados para a Penitenciária da Pedra Grande de Florianópolis, nos anos 1930 e 1940, e nos prontuários de menores que eram entregues ao Serviço Social de Assistência e Proteção aos Menores de São Paulo nesse mesmo período. O artigo estabelece processos de análise comparativos entre as duas experiências de confinamento de menores, identificando os mecanismos utilizados pelas instituições para a produção de informações médicas, psicológicas, sociais, que serviam para a caracterização daqueles sujeitos para efeitos de seu tratamento jurídico, psiquiátrico e correcional. Nosso argumento é de que o saber criminológico foi um articulador daquelas informações, acionado regularmente para fazer as classificações e encaminhamentos dos menores que estavam sujeitos aos controles sociais naquele período.

Palavras-chave: criminologia, controle social, abandono, delinquência, punição.

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Publicado

2018-04-06

Edição

Seção

Artigos