Antiguidade é posto: a Aldeia de Imbuí, conflitos e memórias (séculos XIX e XXI)

Autores

  • Márcia Maria Menendes Motta UFF

Resumo

As querelas sobre as áreas em tese pertencentes à União na região conhecida como Praia do Forte de Imbuí, Jurujuba, Rio de Janeiro, é o objeto deste artigo. Nele, pretendemos discutir os encaminhamentos da justiça sobre a área considerada de segurança nacional, além de analisar a produção das “verdades” sobre a região e os fios das memórias que legitimam a ocupação dos antigos habitantes da região, hoje em acelerado processo de expulsão. Para tanto, o texto revisita os embates sobre a área e apresenta os principais elementos que justificaram a inscrição da Aldeia no âmbito da denominação de comunidade tradicional, constituída no século XIX.

Palavras-chave: Aldeia de Imbuí, história e memória, conflito de terra, comunidade tradicional.

Biografia do Autor

Márcia Maria Menendes Motta, UFF

Desde 1992 é professora do Departamento e do Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal Fluminense. A partir de 2015 tornou-se professora titular da Instituição. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas: conflito de terra, apropriação territorial, direito agrário e movimentos rurais. É autora de inúmeros artigos (em revistas nacionais e estrangeiras)sobre a questão agrária. Em 1998 publicou o livro:"Nas Fronteiras do Poder: conflito e direito à terra no Brasil do século XIX". Em 2005 publicou o "Dicionário da Terra", pela Civilização Brasileira, reunindo dezenas de pesquisadores, estudiosos da questão agrária no país. O Dicionário foi agraciado, em 2o lugar, no Prêmio Jabuti, categoria Ciências Humanas, 2006. Neste mesmo ano, foi agraciada com o prêmio EDUFF para publicação de coletâneas, com o trabalho: "Terras Lusas: a questão agrária em Portugal", publicado em 2007. Em 2008 publicou a segunda edição de seu livro: "Nas Fronteiras do Poder", pela EDUFF, inaugurando a Coleção Terra. O resultado de suas pesquisas sobre o sistema de sesmarias foi publicado em um novo livro: "O Direito à Terra no Brasil. A gestação do conflito(1795/1822)", em 2009 e em 2012, pela Editora Alameda. Em 2014, realizou uma investigacao sobre a historiografia sobre a historia rural no brasil, publicada em livro: O Rural à la gauche, pela EDUFF. Atualmente, além de pesquisadora do CNPq,é Cientista do Nosso Estado, pela FAPERJ. Coordena, também com o apoio da FAPERJ, a Rede Proprietas, que reúne núcleos de pesquisas e pesquisadores nacionais e internacionais, envolvidos nos debates sobre o acesso à propriedade e a defesa do bem comum. Como coparticipe da Rede Proprietas, desenvolve ainda uma pesquisa sobre as escalas de direito sobre a terra, nos séculos XVIII e XIX. A partir da rede, integra também o Núcleo de Pesquisa em História Contemporânea da UEMA. Neste ano, a Rede Proprietas foi contemplada pelo Edital INCT, com o projeto internacional: História Social das Propriedades e Direitos de Acesso.

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Publicado

2016-10-28

Edição

v. 21 n. 1 (2017): Janeiro/Abril

Seção

Artigos

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