A astronomia e as viagens à Ásia nos séculos XIII e XIV

Autores

  • Simone Ferreira Gomes de Almeida Faculdade de Ciências Humanas e Socias, Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho", câmpus de Franca.
  • Rafael Afonso Gonçalves Faculdade de Ciências Humanas e Socias, Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho", câmpus de Franca.

Resumo

A relação entre o desenvolvimento da astronomia e das Navegações é um tema clássico da historiografia da ciência e da expansão europeia dos séculos XV e XVI. Grande parte desses estudos, todavia, por seu empenho em enfatizar as particularidades da época, relegou a poucas notas os vínculos entre as viagens de longa distância e o conhecimento dos astros que precederam a chamada “Era dos Descobrimentos”. A proposta deste artigo é refletir sobre o vínculo entre as teorias cosmológicas e as expedições intercontinentais anteriores às Navegações, entre os séculos XIII e XIV, período em que uma crescente produção e tradução de tratados astronômicos coincidiu com a realização de uma série de viagens ao Extremo Oriente. Para tanto, os citados tratados serão examinados consoantes aos relatos legados por esses viajantes, de modo a melhor compreender as relações entre o desenvolvimento da astronomia e as novas questões sobre as possíveis “imagens do mundo” que se colocavam para aqueles homens. Nesse sentido, esses textos serão abordados a partir de dois pontos distintos: se, por um lado, visa-se entender até que ponto a geografia balizou as informações extraídas do movimento dos céus, por outro, busca-se avaliar como os relatos de viagem se valeram de um saber astronômico para elaborar uma descrição do Oriente e suas gentes.

Palavras-chave: relatos de viagem, astronomia, Império Mongol, Idade Média.

Biografia do Autor

Simone Ferreira Gomes de Almeida, Faculdade de Ciências Humanas e Socias, Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho", câmpus de Franca.

Graduada em história, mestre e doutora em história medieval pela Faculdade de Ciências Humanas e Socias, Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho", câmpus de Franca. Participante do grupo de pesquisa "Escritos sobre os Novos Mundos: um história da construção de valores morais em língua portuguesa".

Rafael Afonso Gonçalves, Faculdade de Ciências Humanas e Socias, Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho", câmpus de Franca.

Doutorando em história medieval pela Faculdade de Ciências Humanas e Socias, Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho", câmpus de Franca. Participante do grupo de pesquisa "Escritos sobre os Novos Mundos: um história da construção de valores morais em língua portuguesa".

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Publicado

2016-03-15

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Artigos