“Papagaio que está trocando as penas não fala": Autoritarismo e disputas políticas no Amazonas no contexto do Golpe de 1964

Autores

  • César Augusto Bubolz Queirós Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Resumo

O golpe civil-militar que em 1964 derrubou o presidente João Melchior Goulart inaugurou um período de 21 anos de profunda ruptura da ordem constitucional e do estado de direito. Direitos políticos foram perseguidos, mandatos cassados, jornais censurados e ocupados. A tortura e a repressão se tornaram a tônica, mesmo que possamos encontrar importantes focos de resistência ao regime. O Congresso Nacional sofreu uma operação limpeza e alguns partidos – como o PTB – se tornaram alvo preferencial dessa perseguição. Nos estados, essa limpeza política seguiu uma trajetória semelhante à ocorrida no âmbito federal. Governadores foram depostos, deputados e vereadores tiveram seus mandatos cassados, o funcionalismo sofreu profundas represálias. Disputas políticas que foram cultivadas nos anos anteriores tomaram uma nova forma com o fortalecimento de setores conservadores. Nesse sentido, esse trabalho tem a intenção de analisar as disputas políticas e as rivalidades observadas no contexto da deflagração do golpe de 1964 no estado do Amazonas, enfatizando o processo de derrubada do governador Plínio Ramos Coelho (PTB) e a posse do governador indicado pelos militares: Arthur César Ferreira Reis.

Biografia do Autor

César Augusto Bubolz Queirós, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Doutor em História pela UFRGS

 

Professor do Departamento de História e do PPGH da Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

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Publicado

2019-04-16

Edição

Seção

Artigos