A língua grega como elemento da ordem romana e de integração com povos de fora da administração imperial na obra de Flávio Filóstrato
Resumo
O Império Romano estendeu sua administração e poder por diversos povos e comunidades de diferentes culturas ao longo de séculos. Entretanto, se sobrepondo ao mosaico cultural que o Império se constituiu, houve também a criação, legitimada e apoiada por grupos das elites locais e pela política imperial, de duas grandes áreas linguístico-culturais dentro do Império Romano, a área de predomínio do latim (pars occidentalis) e a área de predomínio do grego (pars orientalis). Da mesma forma, a língua grega, já reconhecida como língua de diplomacia nas regiões do antigo oriente, tornou-se um elemento fundamental para a integração e para os contatos com povos e impérios que não faziam parte da administração romana. A partir dessa observação, este artigo objetiva mostrar a importância da cultura grega, especialmente da língua grega, como elemento de ordem e de integração dentro e fora das fronteiras administrativas do Império Romano. Utilizaremos, para isso, as obras Vida de Apolônio de Tiana e Vidas dos sofistas, escritas em meados do século III EC pelo sofista grego Flávio Filóstrato. Visamos perceber as razões para Filóstrato apresentar sua visão ligadas ao grupo que ele fez parte, os sofistas gregos, e ao contexto em que ele viveu, o período da dinastia dos Severos (193-235), primeira dinastia oriental a governar o Império Romano e momento de intensos conflitos com os povos partos e persas. Nossa pesquisa foi realizada utilizando métodos e conceitos da Nova História Cultural, que nos permite pensar as relações de poder ligadas a elementos da cultura.
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