Tomás Guevara e o povo Mapuche

Autores

  • Mariana Moreno Castilho Universidade de São Paulo

Resumo

Este artigo visa abordar o indigenismo de Tomás Guevara (1863-1935), a partir da interferência do ideal de nação e da concepção de solução educacional para o imaginado “problema indígena”. Guevara foi reitor do Liceo de Hombres de Temuco e um dos precursores no desenvolvimento de estudos etnográficos do povo mapuche. Escreveu sob a influência do positivismo, do evolucionismo e das teorias raciais. Em seu discurso transparece a preocupação com a formação de uma homogeneidade cultural capaz de delimitar a chilenidad. Diante desse ideal, a cultura mapuche foi representada como interdita e a educação como ferramenta para propalar os ideais nacionais, objetivando diluir as diferenças culturais.

Palavras-chave: educação, nacionalismo, Mapuche.

Biografia do Autor

Mariana Moreno Castilho, Universidade de São Paulo

Atua nas áreas de História do Brasil e América, desenvolvendo pesquisas sobre indigenismo no período do final do século XIX e início do XX. Em sua tese de doutorado, "O indígena no olhar de José Veríssimo", perseguiu como a imagem de alteridade do indígena se constituiu no olhar desse intelectual. É doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (2012), mestre em História Cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006) e possui graduação pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003). Atualmente desenvolve a pesquisa de pós-doutorado, "Identidade chilena e alteridade mapuche no pensamento de Tomás Guevara", junto ao Departamento de História da Universidade de São Paulo, com bolsa FAPESP e com período de pesquisa no Centro de Estudios Culturales Latinoamericanos (2014), na Universidad de Chile.

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Publicado

2016-03-15

Edição

Seção

Artigos