Capital estrangeiro e estatização no sistema ferroviário sul-rio-grandense na República Velha (1890-1928)

Autores

  • Gunter Axt Colaborador Núcleo Diversitas de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos, USP

Resumo

Este artigo analisa os empreendimentos do capital europeu e estado-unidense no sistema ferroviário do Estado do Rio Grande do Sul (Brasil) entre 1890 e 1928, bem como acompanha as intervenções do Poder Público estadual e federal no mesmo, procurando compreender os múltiplos interesses envolvidos, isto é, dos governos, de políticos de municipalidades, de comerciantes, produtores, operários e investidores. O texto baseia-se em ampla pesquisa documental, recorrendo a fontes jornalísticas, relatórios oficiais, anais parlamentares e a correspondências, procurando explicar os diversos modelos de política ferroviária tentados no Estado e perscrutando as causas que levaram à encampação da Viação Férrea em 1920, assim como as consequências políticas e econômicas dessa intervenção do estado na economia.

Biografia do Autor

Gunter Axt, Colaborador Núcleo Diversitas de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos, USP

Gunter Axt é historiador. Bacharelou-se em História para UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul  em 1992 e defendeu mestrado na mesma universidade em 1995. Doutorou-se em História Social pela USP Universidade de São Paulo, em 2001. Desenvolveu pós-doutorado junto ao CPDOC da FGV Centro de Pesquisa e Documentação da Fundação Getúlio Vargas entre 2005 e 2006. Em 2009, foi professor visitante na Université Denis Diderot, Paris VII, junto ao Institut de la Pensée Contemporaine. Foi pesquisador associado ao Laboratório de Estudos da Intolerância (LEI) da USP entre 2005 e 2011 e integra o Grupo de Trabalho em História Política da Associação Nacional de História (ANPUH), que já coordenou em nível nacional e regional. Atuou como pesquisador e gestor cultural com foco na área da memória e do patrimônio histórico, contribuindo na concepção ou execução de diversos projetos de memória institucional, dentre os quais os da Assembleia Legislativa do RS, do Poder Judiciário do RS, do Ministério Público do RS, do Tribunal Militar do RS, da Ajuris (Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul), da Escola Superior da Magistratura do RS, do Tribunal Federal da 4ª Região, do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (Santa Catarina), do Ministério Público de Santa Catarina, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, do Conselho da Justiça Federal, do Ministério Público Militar da União e do Conselho Nacional do Ministério Público. Em 2007, integrou o Programme Courants da Maison de Cultures du Monde, em Paris. Entre 2006 e 2008 integrou a curadoria do seminário internacional Fronteiras do Pensamento, que se realizou em Porto Alegre, em Salvador e em São Paulo. Entre 2010 e 2012 foi curador do Congresso de Jornalismo Cultural, promovido pela revista Cult, de São Paulo. Entre abril de 2012 e agosto de 2013, foi Professor do Mestrado em Memória Social e Bens Culturais e esteve vinculado ao projeto de mestrado Direito e Sociedade, ambos do Centro Universitário La Salle, Canoas/RS. Desenvolveu, entre 2014 e 2017, segundo estágio pós-doutoral, dessa vez junto ao Programa de Pós-Graduação em Direito do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Santa Catarina. É, desde 2012, pesquisador colaborador do Núcleo de Estudos Diversitas, da USP. Tem vários títulos publicados, entre livros, artigos e obras organizadas, tendo se especializado em História do Brasil Império e República, História do Direito e da Justiça, História Cultural do Brasil e gestão cultural. Seu livro mais importante, Gênese do Estado Moderno no RS, resultado de sua tese de doutorado, foi lançado na Feira do Livro de Porto Alegre de 2011, quando também foi indicado finalista do Prêmio Fato Literário. Seu livro As Guerras dos Gaúchos foi contemplado em 2009 com dois prêmios Açorianos de Literatura, oportunidade na qual o livro Fronteiras do Pensamento: retratos de um mundo complexo recebeu também uma menção honrosa.

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Publicado

2020-02-09

Edição

Seção

Dossiê