Delimitação de blocos estruturais de diferentes escalas em seqüências mezosóicas do Estado do Rio Grande do Sul: implicações bioestratigraficas
Resumo
Fotolineamentos e alinhamentos de drenagem, visíveis em imagens de radar e satélite e em aerofotos de variadas escalas, permitem delimitar blocos estruturais em rochas sedimentares, caracterizados por certa homogeneidade estratigráfica, abrindo a possibilidade de correlações em áreas densamente vegetadas. Na região central do Estado do Rio Grande do Sul (sul do Brasil), seis blocos estruturais foram reconhecidos (Santa Maria, São João do Polêsine, Faxinal do Soturno, Agudo, Paraíso do Sul e Candelária), com base em rejeitos médios de cerca de 100 m, que chegam a ultrapassar a espessura média de algumas unidades litoestratigráficas. No bloco Santa Maria, a utilização de perfis geológicos em poços de captação de água subterrânea, aliada aos trabalhos de campo, permitiu reconhecer cinco sub-blocos estruturais (Cabeceira do Raimundo, Tancredo Neves, Cidade, Km 3, Camobi), com rejeito médio da ordem de 30 m. Os rejeitos identificados, em depósitos litofaciologicamente muito similares, levam ao desordenamento bioestratigráfico pela justaposição lateral de diferentes biozonas. Os principais lineamentos colocam lado a lado assembléias fossilíferas, pertencentes a distintas cenozonas, acarretando em dificuldades de correlação lito e bioestratigráfica, em escala regional. Este estudo procura demonstrar que o avanço na compreensão das correlações bioestratigráficas da porção central do Estado do Rio Grande do Sul deverá necessariamente considerar a compartimentação estrutural da região.
Palavras-chave: Triássico, Formação Santa Maria, Formação Caturrita, tectônica pós-deposicional.Downloads
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