Fósseis de vertebrados da Formação Touro Passo (Pleistoceno Superior), Rio Grande do Sul, Brasil: atualização dos dados e novas contribuições

Autores

  • Leonardo Kerber
  • Edison V. Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.4013/5558

Resumo

Neste trabalho é revisado o conteúdo em fósseis de vertebrados de cinco localidades que expõem níveis da Formação Touro Passo (Pleistoceno Superior) e comunicada a presença de novos elementos, que incluem o primeiro registro de um coprólito. Confirma-se a partir daí uma assembléia composta por Propraopus sp., Pampatherium typum, Holmesina paulacoutoi, Glyptodontidae indet., Glyptodon sp., Glyptodon cf. G. reticulatus, Panochthus sp., Neothoracophorus aff. N. elevatus, Mylodontidae indet., Canidae indet., Hydrochoerus cf. H. hydrochaeris, Caviidae indet., Toxodon sp., Equidae indet., Equus (A.) neogeus, Hippidion sp., Morenelaphus sp., Antifer sp., Cervidae indet., Camelidae indet., Hemiauchenia paradoxa, Lama sp. e uma forma indeterminada de Testudines. A presença destes fósseis, somada ao melhor estabelecimento de sua procedência e relações estratigráficas, contribui para a reconstituição dos processos envolvidos na distribuição e evolução dos vertebrados nas áreas do centro e leste da América do Sul, marcadas pela ocorrência comum de táxons tropicais e subtropicais e formas de afinidades pampeanas e ou patagônicas, durante o final do Pleistoceno. Os dados aqui compilados, embora não solucionem os problemas da amplitude de idades que têm sido atribuídas a esta unidade pelos dados isotópicos, corroboram, por outro lado, a presença de uma parcela grande de material ósseo que foi afetado por processos de retrabalhamento.

Palavras-chave: vertebrados, coprólito, tafonomia, Lujanense, Quaternário, Brasil.

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Publicado

2021-06-09

Edição

Seção

Artigos