Microestrutura das escamas de peixes paleoniscídeos da Formação Irati, Permiano (Cisuraliano) da Bacia do Paraná, Brasil

Autores

  • Eliseu Vieira Dias
  • Cristina Silveira Vega
  • Marcus Vinicius Urbinatti Canhete

DOI:

https://doi.org/10.4013/4696

Resumo

A paleoictiofauna permiana da Bacia do Paraná é pouco conhecida devido à raridade de ocorrência de exemplares completos, especialmente na Formação Irati. O presente trabalho aborda novos materiais referentes a escamas desarticuladas que foram identificadas nesta unidade, acompanhadas de nadadeiras, para a mina de folhelho piro-betuminoso PETROBRAS-SIX, município de São Mateus do Sul, Paraná. Para o estudo histológico, as escamas foram inicialmente incluídas em resina, para a confecção de lâminas delgadas e observação em microscópio petrográfico. As escamas demonstraram uma boa preservação em seus aspectos histológicos e a identificação de uma camada mais externa, com o esmalte do tipo ganoína, uma camada de clara estratificação e diversos poros, uma mediana formada por dentina, com odontodes visíveis contendo cavidade pulpar e túbulos de dentina, uma camada interna, a isopedina, onde se observam linhas de crescimento com os espaços deixados pelos osteócitos e os vasos sanguíneos que nutriam o tecido ósseo. Nos cortes também foram visualizados resquícios do tecido de crescimento da escama, com estruturas similares àquelas previamente registradas em paleoniscídeos. Os caracteres histológicos das escamas e as estruturas do tipo peg-and-socket observadas, permitiram confirmar essa atribuição. A morfologia e o arranjo histológico foram comparados com trabalho prévio realizado na Bacia do Paraná, constatando-se que a histologia do peixe estudado se assemelha aos espécimes P-1 e P-2 (Elonichthys punctatus?) previamente descritos.

Palavras-chave: histologia, Actinopterygii, paleoniscídeos, ganoína, dentina, isopedina.

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Publicado

2021-06-09

Edição

Seção

Artigos