A desobediência de Lilith: representações do mito da primeira mulher na animação Paranorman

Autores

  • Romão Matheus Neto Universidade Federal do Paraná
  • Leonardo José Costa Universidade Federal do Paraná
  • Regiane Regina Ribeiro Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2020.222.12

Resumo

A partir de uma cultura visual embalada por construções simbólicas e sociais que ancoram representações, é possível dar sentido à apreensão da realidade sob diversas formas. Nesta cultura, forjam-se ainda identidades geralmente fragmentadas e que podem ser constantemente renunciadas e remodeladas, tendo muitas vezes as representações na mídia como referencial. Em tal contexto midiático, as animações cinematográficas, inseridas no âmbito cultural, também servem como referencial e se apropriam de elementos comuns ao imaginário popular - como as narrativas mitológicas -, para ter mais proximidade com a audiência e dar sentido às suas histórias. De tal modo, este artigo traz à tona reflexões acerca da jornada mitológica de Lilith, a primeira mulher de Adão na mitologia judaico-cristã. Associada à eterna condenação do feminino, essa figura emblemática possui aspectos múltiplos na história, que vão ao encontro de vários âmbitos da luta feminista e seu impacto sociocultural, suscitando um olhar contemporâneo sobre sua manifestação. Logo, o presente trabalho busca, como objetivo geral, analisar a representação feminina a partir do aspecto bruxólico de Lilith representado pela personagem Agatha Prendergast na animação Paranorman (2012). O norte teórico é definido pela pesquisa bibliográfica sobre representações e identidades baseada em Hall (2000; 2003), Silva (2000) e Woodward (2000), além de abordagens sobre o cinema de animação em Fossatti (2011) e Dénis (2010), seguido por investigações acerca do mito de Lilith a partir de Sicuteri (1998) e Koltuv (2017), para uma posterior análise fundamentada na Análise de Conteúdo (PENAFRIA, 2009).

Palavras-chave: Gênero. Representação. Animação.

Biografia do Autor

Romão Matheus Neto, Universidade Federal do Paraná

Mestrando em Comunicação do programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná – UFPR. Bolsista pesquisador da CAPES e membro do grupo de pesquisa NEFICS.

Leonardo José Costa, Universidade Federal do Paraná

Mestrando em Comunicação do programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná – UFPR. Bolsista pesquisador da CAPES e membro do grupo de pesquisa NEFICS.

Regiane Regina Ribeiro, Universidade Federal do Paraná

Orientadora e professora permanente do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná (PPGCom/UFPR); doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Membro do grupo de pesquisa NEFICS.

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Publicado

2020-04-22

Edição

Seção

Artigos de Temáticas Livres