A desobediência de Lilith: representações do mito da primeira mulher na animação Paranorman
DOI:
https://doi.org/10.4013/fem.2020.222.12Resumo
A partir de uma cultura visual embalada por construções simbólicas e sociais que ancoram representações, é possível dar sentido à apreensão da realidade sob diversas formas. Nesta cultura, forjam-se ainda identidades geralmente fragmentadas e que podem ser constantemente renunciadas e remodeladas, tendo muitas vezes as representações na mídia como referencial. Em tal contexto midiático, as animações cinematográficas, inseridas no âmbito cultural, também servem como referencial e se apropriam de elementos comuns ao imaginário popular - como as narrativas mitológicas -, para ter mais proximidade com a audiência e dar sentido às suas histórias. De tal modo, este artigo traz à tona reflexões acerca da jornada mitológica de Lilith, a primeira mulher de Adão na mitologia judaico-cristã. Associada à eterna condenação do feminino, essa figura emblemática possui aspectos múltiplos na história, que vão ao encontro de vários âmbitos da luta feminista e seu impacto sociocultural, suscitando um olhar contemporâneo sobre sua manifestação. Logo, o presente trabalho busca, como objetivo geral, analisar a representação feminina a partir do aspecto bruxólico de Lilith representado pela personagem Agatha Prendergast na animação Paranorman (2012). O norte teórico é definido pela pesquisa bibliográfica sobre representações e identidades baseada em Hall (2000; 2003), Silva (2000) e Woodward (2000), além de abordagens sobre o cinema de animação em Fossatti (2011) e Dénis (2010), seguido por investigações acerca do mito de Lilith a partir de Sicuteri (1998) e Koltuv (2017), para uma posterior análise fundamentada na Análise de Conteúdo (PENAFRIA, 2009).
Palavras-chave: Gênero. Representação. Animação.
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