Comunicação militarizada: a internet e os novos formatos da guerra

Autores

  • Sérgio Amadeu da Silveira Universidade Federal do ABC (UFABC)
  • João Francisco Cassino Universidade Federal do ABC (UFABC)

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2020.221.02

Resumo

O presente artigo tem por objetivo abordar os principais conflitos digitais que ocorrem no âmbito de uma Internet militarizada. Debate como os atores não-estatais ganharam força e desequilibraram o poder dos Estados Nacionais usando do meio digital. Detalha as diferenças entre as Guerras Convencionais e outras formas de guerra que combinam tipos de ações indiretas para destruir o inimigo. Mostra como surge o conceito de Guerra Híbrida e a falta de consenso sobre o que isso significa com exatidão. Esclarece as distinções entre Netwar (Guerra em Rede) e Cyberwar (Ciberguerra). Examina como as técnicas de captura, armazenamento em massa e processamento de gigantescas bases (Big Data) contribuem para a espionagem e para a vigilância generalizada em nossa sociedade conectada. Por fim, questiona se é possível, na atual realidade, ter perspectivas de uma desmilitarização da Internet.

Palavras-chave: Militarização. Ciberespaço. Vigilância.

Biografia do Autor

Sérgio Amadeu da Silveira, Universidade Federal do ABC (UFABC)

Sérgio Amadeu da Silveira é graduado em Ciências Sociais (1989), mestre (2000) e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (2005). É professor associado da Universidade Federal do ABC (UFABC). É membro do Comitê Científico Deliberativo da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCiber). Integra o Comitê Gestor da Internet no Brasil. Presidiu o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (2003-2005). Pesquisa as implicações tecnopolíticas dos sistemas algoritmos; as relações entre comunicação e tecnologia; sociedades de controle e privacidade; práticas colaborativas na Internet. Autor dos livros: Tudo sobre tod@s: redes digitais, privacidade e venda de dados pessoais; Exclusão Digital: a miséria na era da informação; Software Livre: a luta pela Liberdade do conhecimento; entre outros.

João Francisco Cassino, Universidade Federal do ABC (UFABC)

Mestrando em Ciências Humanas e Sociais pela Universidade Federal do ABC, MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (2010), Especialista em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2006) e Bacharel em Comunicação Social habilitação Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero (1998). Tem grande vivência nas áreas de comunicação, tecnologia e inovação no Setor Público: é funcionário de carreira da empresa BB Tecnologia e Serviços, pertencente ao Conglomerado Banco do Brasil, onde trabalha desde 2005; foi assessor de comunicação da Casa Civil da Presidência da República (2004); coordenou programas de conectividade e inclusão digital na Prefeitura de São Paulo, tais como a rede Fab Lab Livre SP, o programa WiFi Livre SP e os Telecentros (2001-2004 / 2014-2016). Tem por principais temas de pesquisa o impacto das tecnologias da informação na sociedade e as práticas colaborativas na Internet. Publicou, como organizador, co-organizador e/ou autor, os livros "A sociedade de controle: Manipulação e modulação nas redes digitais" (2019), ?Redes e Ruas ? Inclusão, Cidadania e Cultura Digital? (2016), "Software Livre e Inclusão Digital" (2003) e "Toda Essa Gente" (2003).

Downloads

Publicado

2019-12-15

Edição

Seção

Artigos de Temáticas Livres