Semioses em crise: problematizações entre a Semiótica da Cultura e o Perspectivismo ameríndio
DOI:
https://doi.org/10.4013/fem.2019.212.09Resumo
O objetivo deste artigo é dar início a uma problematização sobre as interrelações possíveis entre a Semiótica da Cultura (russa) e o Perspectivismo Ameríndio com vistas a compor chaves de interpretação de dinâmicas interculturais de sociedades que não se enquadram à cultura ocidental hegemônica. Busca-se interpelar a compreensão dos processos de comunicação com vistas às semioses a partir de reflexões sobre o tema da antropofagia/canibalismo na cultura dos povos da floresta. Desde já entendemos que é preciso haver um considerável deslocamento para a compreensão das semioses, dos processos de significação, do entendimento das linguagens, da organização dos códigos e do pensamento de uma cultura ameríndia, tendo em vista a reflexão sobre um ambiente extracultural em relação a cultura em que se inserem os pesquisadores. O argumento desse texto se encaminha para defender o fato de que há uma construção semiótica coerente e diferenciada que pode ser estudada nas construções de semioses dos corpos nas culturas indígenas brasileiras e que aqui denominamos semiofagia – um misto de semiótica e antropofagia que ganha força pelo perspectivismo ameríndio.
Palavras-chave: Comunicação. Semiótica da Cultura. Perspectivismo Ameríndio. Antropofagia.
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