Imagens e a regulação da comoção: vulnerabilidade e testemunho
DOI:
https://doi.org/10.4013/fem.2019.212.04Resumo
O objetivo deste trabalho é refletir sobre o apelo compassivo, a força política e a dimensão testemunhal das fotografias do menino sírio Aylan Kurdi, feitas pela fotógrafa turca Nilüfer Demir em setembro de 2015, na praia de Ali Hoca, em Bodrum, na Turquia. Num primeiro momento, distingue-se essas fotografias na esteira das chamadas “imagens do trauma”, ou hiperimagens. Em seguida, destaca-se uma espécie de tópica em torno da qual algumas dessas imagens parecem se reunir, a saber, a presença ostensiva e expressiva de crianças como sujeitos sofredores na construção visual dos apelos compassivos. Argumenta-se, então, sobre a capacidade que imagens como as do menino sírio têm para comunicar a precariedade de certas vidas. Por fim, analisamos a fotografia à luz do potencial político do testemunho e do próprio significado da fotografia enquanto resto.
Palavras-chave: Imagem. Comoção. Vulnerabilidade. Testemunho.
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