Circuitos latinos em SP e RJ: sentidos dos ativismos musicais migrantes

Autores

  • Simone Luci Pereira Professora e Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Midiática da Universidade Paulista
  • Micael Herschmann Professor do PPGCOM ECO-UFRJ.

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2018.202.03

Resumo

O artigo analisa aspectos dos circuitos musicais latinos em São Paulo e no Rio de Janeiro, buscando compreender as proximidades e disjunções entre as práticas protagonizadas por imigrantes oriundos da América Latina hispânica e os sentidos de “latinidade” que a partir daí se esboçam em cada cidade. Em um primeiro momento, retomamos algumas questões da dinâmica histórica dos (des)caminhos políticos do século XIX, nos quais uma ideia de América Latina é forjada e o Brasil desenvolve uma ambiguidade entre pertencer e não pertencer a essa noção identitária e política, construindo o latino como um Outro. Em seguida, apresentamos uma cartografia mais geral dos circuitos musicais latinos e a presença da salsa como nomenclatura guarda-chuva para uma série de ritmos, estilos e gêneros musicais do que se constrói em várias partes do mundo e no Brasil como símbolo de latinidade. Ao final, analisamos um grupo musical atuante em cada uma das cidades: o Batanga & Cia, em São Paulo, e o grupo Songoro Cosongo, no Rio de Janeiro. Buscamos assim compreender sentidos dos ativismos musicais migrantes que se articulam à construção de identidades, aos usos e dinâmicas das cidades e às formas de produção cultural e midiática alternativas que ressaltam especificidades dos contextos socioculturais de cada meio urbano analisado.

Palavras-chave: comunicação, cultura urbana, circuito latino, latinidade, ativismo musical.

Biografia do Autor

Micael Herschmann, Professor do PPGCOM ECO-UFRJ.

Doutor em Comunicação pela UFRJ, pesquisador 1D do CNPq, professor do PPGCOM da UFRJ, onde também coordena o NEPCOM (e-mail: micaelmh@pq.cnpq.br).

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Publicado

2018-08-29

Edição

Seção

Artigos de Temáticas Livres