Contra a BD: a nouvelle bande dessinée e sua fuga da cultura de massa

Autores

  • Maria Clara da Silva Ramos Carneiro Universidade do Estado da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2018.201.11

Resumo

O presente artigo aborda as disputas políticas e estéticas nas histórias em quadrinhos francesas que atravessaram e moldaram modelos editoriais nos últimos trinta anos no país, influenciando autores e habilitando novos leitores pelo mundo, ainda que um microcósmico mundo das histórias em quadrinhos. Foram vários fatores de ordem estética acompanhados de uma nova vontade editorial e política, que permitiu e acompanhou, também, o nascimento de uma nova crítica em quadrinhos. Primeiramente, apresento o debate sobre o modelo editorial que se solidificou ao longo dos anos de 1980 e o desenvolvimento da crítica e da teoria sobre quadrinhos contemporâneo a esse modelo, para, posteriormente, apresentar de que forma a geração de autores que cresceu nesse tempo buscou se afastar desse modelo, fundando uma nova forma de fazer quadrinhos, a chamada nouvelle bande dessinée. Esses autores desmontam os critérios até então considerados pela tradição como basilares das histórias em quadrinhos: o fato de ser uma arte sequencial, de ser puramente narrativo, de ser uma mídia de massa.

Palavras-chave: quadrinhos franceses contemporâneos, bande dessinée, crítica, edição, estética dos quadrinhos.

Biografia do Autor

Maria Clara da Silva Ramos Carneiro, Universidade do Estado da Bahia

Doutora em Teoria Literária pela UFRJ, colaboradora do GRENA, Groupe de Recherche sur le Neuvième Art - Sorbonne, professora do Colegiado de Letras-Francês da UNEB, tradutora. Pesquisa oficinas de escrita (Oulipo, Oubapo) e história em quadrinhos.

Downloads

Publicado

2018-06-21

Edição

Seção

Artigos de Temáticas Livres