COMIXXX: corporalidades grotescas e ciborgues no quadrinho independente feito por mulheres no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.4013/fem.2017.193.10Resumo
O presente trabalho analisa a expressão da corporalidade no Zine XXX. Publicação independente organizada em 2014 pela cartunista Beatriz Lopes, no intuito de veicular a produção das mulheres no mercado de quadrinhos. Partindo de uma análise que busca a convergência entre as teorias feministas sobre o cinema, investigações contemporâneas em torno da visibilidade feminina e da linguagem dos quadrinhos, buscamos investigar a expressão do corpo feminino desviante no contexto do quadrinho autoral e independente feito por mulheres. Para esse fim, usaremos as contribuições de Nochlin (2003) e Pollock (2011) sobre a História da Arte, considerando o lugar da produção artística das mulheres, assim como as características históricas e sociopolíticas que influenciaram a construção de sua obra. Utilizamos, em nossa análise, a tese da escopofilia atrelada às artes visuais, de Laura Mulvey (2011), e seu conceito de olhar masculino (male gaze), compreendendo os elementos de sua linguagem propostos por McLoud (1993), associados aos conceitos de Grotesco Feminino (Russo, 2000) e Ciborgue (Haraway, 2000), que subsidiam as análises das tiras. Por meio dessa análise, compreendemos as divergências de representação que marcam o corpo feminino construído pelas mãos das cartunistas, sob a perspectiva de um olhar feminino possível, por vezes assinalado pela estranheza e pela dissidência.
Palavras-chave: Histórias em Quadrinhos, mulheres, corpo e gênero, Zine XXX.
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