Influenciadoras digitais negras e a beleza como negócio
Resumo
O crescimento e o desenvolvimento da tecnologia por trás das redes sociais, associados à cultura neoliberal que faz do homem um empreendedor de si e torna a vida cotidiana monetizável, estão popularizando o trabalho através das plataformas digitais. Partindo do entendimento de que as questões sociais do mundo offline são reproduzidas no ambiente online, este artigo tem por objetivo analisar quais as estratégias utilizadas por influenciadoras digitais negras para existirem como empreendedoras no mundo virtual, mais especificamente no Instagram. Para fazer essa análise, foram escolhidas três influenciadoras, de estados e regiões diferentes do Brasil e diferentes também fisicamente entre si. A opção por este corpus se dá na tentativa de observar como as três profissionais, que atuam numa sociedade machista e que atualmente reconhece seu racismo estrutural, usam seus perfis para dar dicas de beleza, moda e comportamento, cada uma com seu vocabulário, padrão estético e recorte próprio, conseguindo um índice de interação aceitável pelo mercado publicitário, medido pela quantidade de curtidas e comentários em seus posts. Não interessa fazer aqui uma comparação contínua e profunda com influenciadoras brancas. O objetivo é saber se essas mulheres negras conseguem construir uma carreira minimamente sólida e quais as estratégias utilizadas por elas a partir da compreensão do mercado de publicidade de influência e de como o trabalho de plataforma se dá.
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