“Compostura, senhor presidente!”: O governo Bolsonaro e a defesa do jornalismo pelas entidades representativas do campo

Authors

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2021.233.07

Abstract

O objetivo do artigo é discutir de que modo as entidades representativas da atividade jornalística defendem a atuação de seus profissionais e organizações diante das críticas do presidente Bolsonaro. Por meio da análise de conteúdo quantitativa e qualitativa de 64 notas oficiais emitidas por Abraji, Fenaj, ANJ e ABI entre janeiro de 2019 e agosto de 2020, identifica-se quais valores tais instituições mobilizam na defesa de seus agentes. O estudo permite tanto reconhecer diferenças e semelhanças nas posturas adotadas por parte de cada entidade quanto investigar de que modo elas atuam politicamente. Descobriu-se que Abraji e Fenaj enfatizam, com mais intensidade, temas relacionados à segurança dos jornalistas e ao acesso à informação. Já ANJ e ABI corresponsabilizam o presidente por ataques ao jornalismo feitos por apoiadores com menor frequência. O artigo é relevante por examinar de que modo as entidades representativas sustentam a legitimidade do jornalismo em um contexto de crescente hostilidade à imprensa.

Author Biographies

Gisele Barão da Silva, Universidade Federal do Paraná

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPR.

Francisco Paulo Jamil Marques, Universidade Federal do Paraná

Professor e Pesquisador da Universidade Federal do Paraná. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Integrante do Comitê Gestor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD), financiado pela chamada INCT-MCTI/CNPq/CAPES/FAPs nº 16/2014. Atua como pesquisador permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFPR. Líder do Grupo de Pesquisa Comunicação, Política e Tecnologia (PONTE/UFPR), registrado no Diretório do CNPq.

Published

2021-12-16