A fidelidade na tradução de histórias em quadrinhos
DOI:
https://doi.org/10.4013/fem.2018.201.12Resumo
O conceito de fidelidade na tradução – há muito discutido e frequentemente repudiado – é bastante aplicado a textos literários, mas também tem várias aplicações no que concerne à tradução de histórias em quadrinhos. Na tradução literária, elementos não linguísticos, como ilustrações, costumam ser tratados como adendos ou “paratextos” em relação ao texto linguístico e principal. Os quadrinhos, por sua vez, possuem certas características que os distinguem como formato que exige outro conceito de “texto” e, assim, de fidelidade na tradução. O processo de leitura de quadrinhos, com vistas à apreensão cognitiva, implica acordos interpretativos diferentes daquele inerentes apenas à linguagem escrita: cada elemento da página de quadrinhos – signos não linguísticos (sobretudo imagéticos), signos linguísticos, requadros, letreiramento e outros – existem entrelaçados e devem ser entendidos nas suas inter-relações espaciais e topológicas. Esta abordagem dos quadrinhos baseia-se em Groensteen (2015) e seus conceitos de artrologia, espaçotopia, layout, decupagem e entrelaçamento. Em relação à fidelidade de tradução, a consulta principal é aos autores Berman (2013), Guidere (2010) e Aubert (1993). Sobre a tradução dos quadrinhos, consideram-se os apontamentos de Zanettin (2008), Rota (2008) e Yuste Frías (2010, 2011). Com base em noções diversas de fidelidade – apoiadas em exemplos de quadrinhos traduzidos com variados graus de fidelidade o com o texto-fonte –, busca-se discutir as instâncias de fidelidade ao texto-fonte, fidelidade ao leitor-alvo e fidelidade ao(s) autor(es) do texto-fonte nas seguintes modalidades: fidelidade de signo linguístico, fidelidade de signo imagético, fidelidade da espaçotopia, fidelidade tipográfica e fidelidade do formato gráfico.
Palavras-chave: histórias em quadrinhos, tradução, fidelidade.
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