A estrutura argumentativa do descrédito na ciência
uma análise de mensagens de grupos bolsonaristas de Whatsapp na pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.4013/fem.2021.232.11Resumo
O ponto de partida da discussão é a desinformação e busca-se compreender um ponto mais específico que diz respeito à construção de um discurso de descrédito na ciência que se dá a partir da geração de desconfiança em relação às instituições científicas, do descrédito explícito de seus atores e discursos, e da elaboração de falas anticientíficas. Desse modo, o artigo busca analisar que elementos constituem a estrutura argumentativa que fortalece o discurso de descrédito na ciência que está associado à pandemia da COVID-19. Para tanto, trabalha-se com uma amostra dos conteúdos que circularam em 2020 em grupos de WhatsApp de apoio ao atual presidente da República. A partir de palavras-chaves ligadas à pandemia, uma amostra de 908 mensagens foi categorizada a partir da análise de conteúdo com base em dois eixos: a estrutura discursiva e de comunicação. Dentre os principais resultados, evidencia-se a construção do descrédito a partir do uso de elementos que dão legitimidade às mensagens, tanto no que tange à estrutura de comunicação, principalmente com links de sites, como na estrutura discursiva, com o uso de referências médicas e da própria ciência.
Palavras-chave: descrédito na ciência, WhatsApp, pandemia de COVID-19.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Concedo a Revista Revista Fronteiras - Estudos Midiáticos o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista Fronteiras - Estudos Midiáticos acima explicitadas.