Sabendo sua escolha antes dela ocorrer
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2021.221.01Resumo
Na década de 1980, os neurocientistas uniram-se a filósofos e psicólogos na investigação das ações volitivas e da liberdade da vontade. Em uma série de experimentos liderados por Benjamin Libet (1985), foi observado que algumas atividades neurais correlacionadas com a ação volitiva regularmente precedem a vontade consciente de realizá-la, o que sugere que o que parece ser uma ação livre pode, na verdade, ser predeterminado por algumas atividades neurais, mesmo antes de surgir a intenção consciente de agir. Logo após a publicação desse estudo, as descobertas e interpretações de Libet começaram a ser criticadas em bases filosóficas e metodológicas. Neste estudo, discute-se a legitimidade das críticas dirigidas aos experimentos de Libet e seus sucessores, levando-se em conta estudos recentes da neurociência sobre a volição e argumenta-se que essas críticas não são suficientes para eliminar a dúvida que esses experimentos lançaram sobre a liberdade da vontade.
Palavras-chave: Livre-arbítrio, Benjamin Libet, neurociência, intenções inconscientes.
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