Diferentes tipos de decisões e um experimento sobre a geração inconsciente de decisões livres: uma análise conceitual

Autores

  • Beatriz Sorrentino Marques Aluna de doutorada da Universidade de São Paulo, Departamento de Filosofia.

DOI:

https://doi.org/10.4013/fsu.2015.161.03

Resumo

Questões filosóficas como a do livre-arbítrio e o papel da consciência nas ações humanas se tornaram temas de interesse para a neurociência. Porém, ao mesmo tempo em que essa contribuição é valiosa para estender o nosso conhecimento a respeito dessas questões, a falta de clareza conceitual a respeito dos conceitos que estão sendo investigados pode interferir na interpretação dos resultados. Um experimento interessante (Bode et al., 2011) que investiga se decisões são geradas consciente ou inconscientemente sugere uma conclusão sobre se os seres humanos decidem livremente. Essas questões são consideradas questões filosóficas importantes; entretanto, como falta ao experimento precisão conceitual, isso pesa na interpretação dos dados e dos resultados. Argumentarei que uma análise conceitual das decisões mostra que o experimento investiga apenas um tipo de decisão, enquanto sugere uma conclusão injustificada sobre as decisões humanas de modo geral. Uma melhor compreensão do que se consideram decisões ajuda a clarificar até que ponto os resultados mostram que as decisões são geradas inconscientemente. Isso mostra que precisão conceitual é crucial para pesquisas nessa área tanto quanto precisão metodológica.

Palavras-chave: decisão, intenção, consciência, atividade cerebral.

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Biografia do Autor

Beatriz Sorrentino Marques, Aluna de doutorada da Universidade de São Paulo, Departamento de Filosofia.

Aluna de doutorada da Universidade de São Paulo, Departamento de Filosofia.

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Publicado

2015-07-06

Como Citar

SORRENTINO MARQUES, B. Diferentes tipos de decisões e um experimento sobre a geração inconsciente de decisões livres: uma análise conceitual. Filosofia Unisinos, São Leopoldo, v. 16, n. 1, p. 44–57, 2015. DOI: 10.4013/fsu.2015.161.03. Disponível em: https://www.revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/fsu.2015.161.03. Acesso em: 23 maio. 2025.

Edição

Seção

Artigos