Do recordar e do esquecer: a questão da memória em Agostinho, Nietzsche e Freud
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2011.123.05Resumo
Este texto se propõe analisar e fazer ressaltar a surpreendente coincidência de intuições que permeiam as teorias de Agostinho de Hipona, de F. Nietzsche e S. Freud no que diz respeito à questão da memória e do esquecimento. Nestes três pensadores, a memória não é uma faculdade apta a reproduzir, a nosso talante, as imagens e impressões que ela teria passivamente recebido do mundo externo ou da nossa experiência passada. Pelo contrário, trata-se de uma faculdade ativa, onde se desenrola uma dinâmica de forças e de relações de forças responsável pelos mecanismos de defesa, pelos atos falhos e pelo esquecimento. Assim, o esquecimento não é a expressão de um mero acaso, mas antes o sintoma de uma resistência que sobrevém ao próprio sujeito, apesar do sujeito.
Palavras-chave: Agostinho, Nietzsche, Freud, memória, esquecimento, resistência.
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