Os corpos ausentes na Educação a Distância

Autores

  • Karla Saraiva ULBRA

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2015.193.8250

Resumo

O artigo visa verificar como a corporeidade vem sendo significada no campo da Educação a Distância (EaD), a partir da análise de artigos acadêmicos, complementados com dados de pesquisa realizada com alunos. A fundamentação teórica constitui-se pelas representações de corpo contidas tanto na literatura cyberpunk quanto em alguns campos científicos dedicados a pesquisas avançadas em inteligência artificial. Em ambos os casos, existe um entendimento de que os seres humanos seriam compostos por um corpo descartável e por uma mente onde a verdadeira vida se desenrola. A partir desse quadro, o artigo problematiza a ideia expressa por alguns autores de que a ausência do corpo nas relações que se estabelecem na EaD não seria um limitante, mas, pelo contrário, um elemento de potencialização para a comunicação e interação. Mostra-se, também, que, apesar de haver uma tendência laudatória à elisão da corporeidade, as relações presenciais ainda são desejadas e valorizadas.

Palavras-chave: Educação a Distância, corpo, internet.

Biografia do Autor

Karla Saraiva, ULBRA

Graduada (1983) e mestre (1987) em Engenharia Civil, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Doutora em Educação (2006), pela mesma Instituição. Atualmente é professora e pesquisadora da Universidade Luterana do Brasil, atuando em disciplinas de graduação ofertadas para cursos da área de tecnologia e no Programa de Pós-Graduação em Educação. Participa do Grupo de Pesquisa Currículo e Pós-modernidade (GCPOS). Seus interesses de pesquisa estão focados na articulação entre educação e sociedade contemporânea, em especial temas ligados à cibercultura e currículo. Desenvolve suas investigações em uma perspectiva pós-estruturalista.

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Publicado

2015-06-01