Antropologia da Ciência e Educação: reflexões sobre a Sociologia no Ensino Médio sob o idioma da coprodução

Autores

  • Graziele Ramos Schweig Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2015.193.7951

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir a contribuição teórica e metodológica da Antropologia da Ciência para a compreensão das relações entre a Escola Básica e o conhecimento científico. Para isso, discute-se o caso do retorno da obrigatoriedade do ensino de Sociologia no Ensino Médio, que ocorre desde 2006, processo que é acompanhado da emergência de uma “comunidade disciplinar” em torno desta ciência. Orientando-se pela perspectiva etnográfica, desloca-se o olhar de uma perspectiva normativa quanto ao ensino de Sociologia e busca-se situá-lo desde o espaço escolar. Nesse sentido, os dados discutidos aqui são fruto de trabalho de campo realizado em duas escolas da região metropolitana de Porto Alegre (RS), utilizando-se do método etnográfico. O deslocamento proporcionado pela ótica da Antropologia da Ciência permite conceber a escola não como um simples lugar de reprodução de um saber definido exteriormente a ela, mas como um local de criação de um conhecimento original, tendo como fundamento a prática cotidiana e o encontro de diferentes agentes que o “coproduzem”.

Palavras-chave: antropologia da ciência, ensino de sociologia, etnografia.

Biografia do Autor

Graziele Ramos Schweig, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais pela UFRGS, Mestre em Antropologia Social pelo PPGAS/UFRGS e doutoranda pelo mesmo Programa de Pós-graduação.

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Publicado

2015-07-15