Reformas curriculares e formação inicial: saberes e profissionalização
DOI:
https://doi.org/10.4013/edu.2015.191.8088Resumo
Tem-se como objetivo uma leitura, na perspectiva da governamentalidade, do discurso e das políticas curriculares, sobre a questão da profissionalização docente presente nas reformas curriculares, que, desde os anos de 1990, vêm pautando o campo da formação inicial de professores no Brasil e no mundo. Mais especificamente, faz-se uma análise dos sentidos de profissionalismo e profissionalidade docente e dos saberes da formação inicial que são privilegiados pela política oficial para os currículos dos cursos de licenciatura, de graduação plena e de nível superior, tendo por base os textos da legislação aprovada no Conselho Nacional de Educação ? Parecer CNE/CP 009/2001 e Resolução CNE/CP 01/2002, Parecer CNE/CP 28/2001 e Resolução CNE/CP 2/2002 ?, que instituíram a reforma no Brasil no início deste século. Complementa-se essa fonte de dados com algumas observações que são o resultado de investigações que, ao longo da última década, vêm analisando os efeitos dessa política em cursos de licenciatura, com o objetivo de avaliar os seus impactos nos currículos e na identidade profissional docente. Argumenta-se que a formação inicial dos docentes para que estes atuem na Educação Básica vem-se pautando, do ponto de vista oficial, por uma racionalidade prática e instrumental, a qual reduz o professor a um especialista na gestão do processo de ensino e do seu desenvolvimento profissional, apontando, paradoxalmente, para a desintelectualização dos currículos e para a desprofissionalização desses professores.
Palavras-chave: reformas curriculares, profi ssionalização docente, formação inicial.
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