Sem confiança a democracia se torna inerte. É o capital social uma resposta? Um estudo sobre a América Latina
Resumo
Por que os países da América Latina parecem se desenvolver política e economicamente de forma deficiente em comparação com países industrializados? Esta é a questão central deste artigo. Postula-se que, a despeito de inegáveis avanços na engenharia institucional poliárquica, persistem graves problemas não só de representação política, mas sobretudo de caráter social e econômico. Tal situação se deve, em nossa opinião, à prevalência de um conhecimento reativo que impossibilita o desenvolvimento de conceitos capazes de dar conta da complexa realidade latino-americana. Nesse sentido, argumenta-se que a democracia existente nesta Região é de natureza inercial, onde vários fatores se movimentam em forma de blocos, mantendo a matriz de exclusão social intacta. Uma possibilidade na construção de conhecimento alternativo e propositivo é Capital Social, pois oportuniza a testagem de teoremas gerados por novas perspectivas teóricas. Por meio do uso de dados secundários, constata-se a prevalência de uma cultura política híbrida e passiva, o que não contribui para o desenvolvimento de uma base normativa de apoio à democracia. O trabalho conclui mostrando, baseado em dados empíricos, que o conceito de capital social tem se mostrado valioso na promoção da ação coletiva e, conseqüentemente, no fomento da democracia.
Palavras-chave: América Latina, capital social, democracia.Downloads
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