A clinicalização da existência: problematizações e atualizações acerca do olhar médico sobre o público da Educação Especial
DOI:
https://doi.org/10.4013/edu.2023.271.33Palavras-chave:
Educação Especial, Diagnóstico, Deficiência, Nascimento da clínicaResumo
Há 60 anos, Foucault apresentava uma história do olhar, abordando o desenvolvimento da observação médica e do modo como se estruturou, ao longo da modernidade clínica, o conhecimento singular sobre o indivíduo doente. (FOUCAULT, 1980). Com o intuito de atualizar suas contribuições, este texto problematiza os deslocamentos ocorridos no olhar médico sobre a classificação e produção diagnóstica das pessoas com deficiência. Para isso, analisamos as perspectivas médicas e sociais presentes em alguns manuais, como: DSM-5, CID-10, CIF e o mais recente, IFBr-M. A partir das análises, percebemos que, embora haja diferentes concepções de deficiência nesses manuais, o olhar médico continua a produzir uma clinicalização da existência, classificando não somente os corpos e suas deficiências, mas também suas funcionalidades e capacidades. Entretanto, as existências subjetivas não podem ser capturadas, e é justamente na diferença que reside sua potência.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Concedo a Revista Educação Unisinos o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista Educação Unisinos acima explicitadas.