A escola como problema de polícia: um estudo de caso sobre a militarização da educação no Distrito Federal (Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.4013/edu.2022.261.33Palavras-chave:
educação; escolas militarizadas; juventudeResumo
O artigo analisa o processo de militarização de uma escola pública da periferia do Distrito Federal. O objetivo foi compreender como se deu o processo de escolha, negociação e implementação da chamada “Gestão Compartilhada” no CED 07 de Ceilândia que, desde 2019, passou a ter policiais militares responsáveis pela disciplinar escolar. A pesquisa de campo consistiu na realização de entrevistas com professores, observação de reuniões e análise de documentos, dados oficiais, matérias de jornais e vídeos que circularam nas redes sociais. A política implementada mobiliza a ideia de que mais polícia na escola significaria supostamente garantia de ordem e disciplina e, portanto, resgataria a autoridade perdida pelos (as) professores (as). Tais categorias são discutidas a partir das contribuições teóricas dos estudos sobre administração de conflitos e direitos de cidadania no Brasil. Os resultados apontaram para efeitos contrários aos anunciados pelo Governo local com o aumento dos conflitos escolares em relação aos anos anteriores à implementação da política e a imposição de uma moralidade policial militar nas rotinas educacionais que coloca em xeque a narrativa de que se trata de uma gestão que respeita a autonomia docente e valoriza os estudantes.
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