OS LIMITES DA SOBERANIA EM JEAN BODIN
Palabras clave:
Jean Bodin, Soberania, República.Resumen
O presente artigo busca analisar a teoria da soberania de Jean Bodin, desenvolvida em sua obra principal, Os Seis Livros da República. Nesse sentido, o objetivo é demonstrar como, mesmo tendo sido um defensor do absolutismo político, Bodin concebe a soberania como um poder não ilimitado, embora absoluto. Para tanto, inicialmente procuraremos expor quais seriam as limitações impostas ao exercício do poder soberano. Iniciaremos identificando esses limites no texto de Bodin, classificando-os em três categorias: a) leis divinas e naturais; b) leis fundamentais, ou leis concernentes ao estado do reino e c) leis humanas comuns a todos os povos. Após termos analisado a exposição de Bodin acerca dessas categorias de limites do poder soberano, passaremos a discutir a natureza dessas limitações, bem como seu lugar na teoria da soberania de Bodin. Por fim, tentaremos argumentar de que maneira essas limitações permitem compreender o conceito de soberania de Bodin como, ao mesmo tempo, absoluta e limitada.Descargas
Citas
ALLEN, J. 1960. A History of Political Thought in the Sixteenth Century. Londres, Methuen, 525 p.
BARROS, A. R. de. 2001. A teoria da soberania de Jean Bodin. São Paulo, Unimarco Editora, 381 p.
_______________. 2009. Soberania e República em Jean Bodin. Discurso, 39: 59-83.
BEAULAC, S. 2004. The Power of Language in the Making of International Law: The Word Sovereignty in Bodin and Vattel and the Myth of Westphalia. Leiden, Brill, 200 p.
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. 1998. Dicionário de Política. v. 2, 11ª ed., Brasília, Editora UnB, 664 p.
BODIN, J. 1998. Coloquio de los Siete Sabios sobre Arcanos Relativos a Cuestiones Últimas. Tradução para o espanhol de Primitivo Mariño. Madrid, Centro de Estudios Políticos y Constitucionales, 386 p.
________. 1945. Method for the Easy Comprehension of History. Tradução para o inglês de Beatrice Reynolds. New York, Columbia University Press, 402 p.
________. 2011. Os Seis Livros da República. Tradução para o português de José Carlos Orsi Morel. Vol. I-VI, São Paulo, Ícone, 328 p., 104 p., 168 p., 168 p., 184 p., 184 p., 248 p.
CHANTEUR, J. 1991. La loi naturelle et la souveraineté chez Jean Bodin. In: Théologie et droit dans la science politique de l'État moderne. Actes de la table ronde de Rome. Roma, 1987. Anais… Rome, École Française de Rome. 283-294.
CHURCH, W. 1941. Constitutional Thought in Sixteenth-Century France. New York, Harvard University Press, 390 p.
DUNNING, W. 1896. Jean Bodin on Sovereignty. Political Science Quarterly, 11(1): 82-104.
FERREIRA, B. 2013. O essencial e o acidental: Bodin (e Hobbes) e a invenção do conceito moderno de Constituição. Lua Nova, 88: 381-426.
FOISNEAU, L. 2009. Governo e soberania: o pensamento político moderno de Maquiavel a Rousseau. Porto Alegre, Linus Editora, 200p.
FRANKLIN, J. (ed.). 1992. On sovereignty: four chapters from Six Books of the Commonwealth. Cambridge, CUP, 141 p.
FRANKLIN, J. 1973. Jean Bodin and the Rise of Absolutist Theory. Cambridge, CUP, 124 p.
HINSLEY, F. H. 1972. El concepto de soberanía. Barcelona, Labor, 203 p.
LLOYD, H. A. 2017. Jean Bodin, ‘This Pre-eminent Man of France’: An Intellectual Biography. Oxford, OUP, 311 p.
MARITAIN, J. 1950. The Concept of Sovereignty. The American Political Science Review, 44(2): 343-357.
PAUPÉRIO, A. M. 1958. O conceito polêmico de soberania. 2 ed. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 240p.
PRIETO, F. 1996. Manual de História de las Teorías Políticas. Madrid, Unión Editorial, 1000 p.
SHEPARD, M. 1930. Sovereignty at the Crossroads: A Study of Bodin. Political Science Quarterly, 45(4): 580-603.
SKINNER, Q. 1996. As fundações do pensamento político moderno. São Paulo, Companhia das Letras, 724 p.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Concedo à Controvérsia o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo, ainda, que meu artigo não está sendo submetido para outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Controvérsia acima explicitadas.