Empirismo, perfectibilidade e ceticismo em Constant e Hume

Authors

  • Gabriel Afonso Campos Universidade Federal de Minas Gerais

Keywords:

Benjamin Constant, David Hume, empirismo, perfectibilidade, ceticismo

Abstract

o artigo trata dos diferentes desenvolvimentos filosóficos dados ao empirismo por Benjamin Constant e David Hume. Para Constant, o conhecimento derivado das sensações dá origem a uma Filosofia da História de caráter progressivo e irreversível. Para Hume, esse conhecimento acarreta um ceticismo filosófico que nega a ideia de causalidade. Embora raciocinem a partir de pressupostos empiristas e concluam ideias radicalmente diferentes, ambos argumentam de maneira semelhante ao discorrerem sobre os conceitos de sacrifício (sacrifice) e crença (belief).

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Gabriel Afonso Campos, Universidade Federal de Minas Gerais

Bacharel em Ciências do Estado e mestrando em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (sob orientação da professora Karine Salgado e financiamento CAPES).

References

BARROS, Roque Spencer Maciel de. Introdução à Filosofia Liberal. São Paulo: Editora USP, 1971.

CONDILLAC, Étienne Bonnot de. Resumo selecionado do Tratado das Sensações. In: CONDILLAC, Étienne Bonnot de; HELVÉTIUS, Claude-Adrien; DEGÉRANDO, Marie-Joseph. Textos escolhidos. Tradução de Luiz Roberto Monzani et al. São Paulo: Abril Cultural, 1984.

CONDORCET, Jean-Antonio-Nicolas de Caritat, Marquis. Esboço de um quadro histórico dos progressos do espírito humano. Tradução de Carlos Alberto Ribeiro de Moura. Campinas: Editora da UNICAMP, 1993.

CONSTANT, Benjamin. A liberdade dos antigos comparada à dos modernos. Tradução de Emerson Garcia. São Paulo: Atlas, 2015.

CONSTANT, Benjamin. Da força do governo atual da França e da necessidade de apoiá-lo. Tradução de Josemar Machado de Oliveira. Revista de História da Universidade de São Paulo, n. 145, 2001, p.181-230.

CONSTANT, Benjamin. De la perfectibilité de l’espèce humaine. In: CONSTANT, Benjamin. Mélanges de Littérature et de politique. Paris: Pichon et Didier, 1829, p. 387-415.

CONSTANT, Benjamin. Del espíritu de conquista y de la usurpación en relación con la civilización europea. Traducción de Anna Portuondo Pérez. Madrid: Tecnos, 2008.

CONSTANT, Benjamin. Princípios de Política Aplicáveis a Todos os Governos. Tradução de Joubert de Oliveira Brízida. Rio de Janeiro: Topbooks, 2007.

CUBITT, Geoffrey. Revolution, Reaction, Restoration: The Meanings and Uses of Seventeenth-Century English History in the Political Thinking of Benjamin Constant, c.1797–1830. European Review of History, v. 14, n. 1, 2007a, p. 21-47.

CUBITT, Geoffrey. The Political Uses of Seventeenth-Century English History in Bourbon Restoration France. The Historical Journal, v. 50, n. 1, 2007b, p. 73-95.

FERGUSON, Adam. An essay on the History of Civil Society. Edited by Fania Oz-Salzberger. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.

FINK, Béatrice. Un inédit de Benjamin Constant: Du moment actuel et de la destinée de l'espèce humaine ou histoire abrégée de l'égalité. Dix-huitième Siècle, n.14, 1982, p. 199-218.

GARRETT, Don. Hume. London and New York: Routledge, 2015.

HOFMANN, Etienne. The Theory of the Perfectibility of the Human Race. In: ROSENBLATT, Helena. The Cambridge Companion to Constant. Cambridge: Cambridge University Press, 2009, p. 248-271.

HUME, David. Essays and Treatises on Several Subjects, vol. I. Basileia: J.-J. Tourneisen, 1793.

HUME, David. História natural da religião. Tradução, apresentação e notas de Jaimir Conte. São Paulo: Editora UNESP, 2005.

HUME, David. Tratado da natureza humana: uma tentativa de introduzir o método experimental de raciocínio nos assuntos morais. Tradução de Débora Danowski. São Paulo: Editora UNESP, 2009.

KANT, Immanuel. A metafísica dos costumes. Tradução, textos adicionais e notas de Edson Bini. Bauro: EDIPRO, 2003.

KANT, Immanuel. Ideia de uma História universal com um propósito cosmopolita. In: KANT, Immanuel. A paz perpétua e outros opúsculos. Tradução de Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 2002, p. 21-38.

MALHERBE, Michel. The impact on Europe. In: BROADIE, Alexander (ed.). The Cambridge Companion to the Scottish Enlightenment. Cambridge: Cambridge University Press, 2003, p. 298-315.

MANENT, Pierre. História intelectual do liberalismo. Tradução de Jorge Costa. Lisboa: Edições 70, 2018.

PASSMORE, John Arthur. The perfectibility of man. Indianapolis: Liberty Fund, 2000.

RONCHETTI, Emanuele. Appropriating Hume: Joseph de Maistre, Benjamin Constant and the "History of England”. Rivista di Storia della Filosofia, v. 62, n. 3, Supplemento: New Essays on David Hume, 2007, p. 365-388.

SMITH, Adam. Teoria dos sentimentos morais, ou, Ensaio para uma análise dos princípios pelos quais os homens naturalmente julgam a conduta e o caráter, primeiro de seus próximos, depois de si mesmos, acrescido de uma dissertação sobre a origem das línguas de Adam Smith. Tradução de Lya Luft; revisão de Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

TODOROV, Tzvetan. A passion for democracy: Benjamin Constant. Translated from French by Alice Seberry. New York: Algora Publishing, 1999.

VINCENT, K. Steven. Benjamin Constant and the birth of French liberalism. New York: Palgrave Macmillan, 2011.

WOOD, Dennis Michael. Benjamin Constant: a biography. Routledge: London and New York, 1993.

Published

2020-04-30

How to Cite

CAMPOS, G. A. Empirismo, perfectibilidade e ceticismo em Constant e Hume. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 16, n. 1, p. 40–62, 2020. Disponível em: https://www.revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/19623. Acesso em: 4 may. 2025.

Issue

Section

Artigos