A consciência infeliz hegeliana em Jean Wahl e Gilles Deleuze

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/con.2024.202.04

Palavras-chave:

Deleuze. Jean Wahl. Consciência infeliz. Nietzsche e a filosofia. Hegel e Deleuze.

Resumo

O objetivo do presente texto é explanar e correlacionar duas interpretações do conceito de consciência infeliz [conscience malhereuse], desenvolvido por Hegel na Phänomenologie des Geistes: a de Jean Wahl, introduzida em Le malheur de la conscience dans la philosophie de Hegel, de 1929; e a de Gilles Deleuze, apresentada em Nietzsche et la philosophie, de 1962. Antes de tudo, expomos a interpretação de Wahl, que, marcada pela defesa da centralidade da noção de consciência infeliz no interior da obra hegeliana, foi determinante para a recepção de Hegel na filosofia francesa do século XX, antes das célebres palestras de Kojève. A seguir, descrevemos de que maneira Deleuze, em Nietzsche et la philosophie, articula uma leitura crítica do hegelianismo, em que também subscreve à centralidade da consciência infeliz, mas associando-a, à sua maneira, ao conceito nietzschiano de má consciência, a ser também tipificado. Por fim, relacionamos as duas leituras apresentadas, o que deve elucidar a maneira pela qual Deleuze retoma as concepções de Wahl no contexto de sua própria crítica a Hegel como, segundo a caracterização deleuziana, filósofo da representação e do ressentimento.

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Publicado

2024-07-26

Como Citar

PRADO RODRIGUES, G. A consciência infeliz hegeliana em Jean Wahl e Gilles Deleuze. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 20, n. 2, p. 61–78, 2024. DOI: 10.4013/con.2024.202.04. Disponível em: https://www.revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/26952. Acesso em: 31 maio. 2025.