O encontro com o primitivo na UTI Neonatal: Contribuições da clínica winnicottiana a partir de um estudo de caso

Autores

  • Carolina Marocco Esteves Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Cesar Augusto Piccinini Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.4013/ctc.2020.132.07

Resumo

O objetivo do presente estudo foi investigar os alcances e limites da clínica winnicottiana dos estágios primitivos, no atendimento de uma mãe primípara e sua filha nascida prematura. Foram realizados treze atendimentos durante a internação da bebê na UTI Neonatal. Foi utilizado um delineamento de estudo de caso único. O material do caso foi organizado em forma de relato clínico e revelou que a mãe encontrava-se em um estado regressivo, que com a prematuridade da filha desorganizou-se ainda mais. A desintegração por parte da mãe, não permitia que ela conseguisse lidar bem com sua filha. Os atendimentos, baseados no holding e em uma escuta sensível auxiliaram a mãe a integrar-se mais e se aproximar da filha. Evidências indicaram a importância da escuta profissional sensível e atenta ao mundo psíquico da mãe, que contribuiu para a integração psíquica do bebê prematuro.

Biografia do Autor

Carolina Marocco Esteves, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduou-se em Psicologia, no ano de 2003, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos.  Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui Residência em Psicologia Hospitalar pelo Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. Pesquisadora da área de Psicologia Hospitalar e Psicologia do Desenvolvimento, com ênfase em Desenvolvimento Infantil, dos seguintes temas: psicanálise, desenvolvimento emocional, primeiros anos de vida, nascimento pré-termo e a experiência da maternidade no contexto da prematuridade. Além disso, tem experiência em psicologia clínica com crianças e adolescentes.

 

Cesar Augusto Piccinini, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutor pela University of London (Inglaterra), com Pós-Doutorado na mesma Instituição; Mestre em Psicologia pela Universidade de Brasília; Psicólogo pela UFRGS. Professor Titular da UFRGS, atuando na Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado em Psicologia. Dedica-se à pesquisa sobre os aspectos subjetivos e comportamentais relacionados à interação pais-bebê/criança, com destaque para as relações familiares na infância, transição para a maternidade e paternidade e avaliação de intervenções precoces. As pesquisas e intervenções envolvem diferentes contextos de desenvolvimento infantil, tais como: prematuridade, depressão pós-parto, gravidez adolescente, malformação, doença crônica, HIV/Aids, problemas de comportamento, nascimento do segundo filho e ingresso na creche.

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Publicado

2020-12-18

Edição

Seção

Artigos